O surgimento da agricultura (domesticação de animais e plantas) foi para o homem moderno  uma das grandes revoluções das idéias , e mudou para sempre a cultura, a sociedade e o uso da tecnologia  A domesticação de algumas espécies naturais mudou para sempre o que chamamos de sociedade, principalmente porque foi a partir da mudança na alimentação que se pode criar uma civilização permanentemente sedentária, a população podia crescer sem limites e se podia estabelecer relações econômicas em grande escala, de produção, armazenamento e troca dos excedentes. Assim, mudaram as relações de poder entre os homens, principalmente as baseadas na divisão do trabalho, no valor da produção material e no controle da população a partir do controle sobre os alimentos, mudaram assim também as relações de dependência do homem para seu ambiente para algo realmente novo, que antes disso utilizavam um sistema de subsistência baseado na caça e na coleta.


“Não foram só o descritivismo e as premissas de padrões históricos evolucionistas que obscureceram as visões teóricas sobre as mudanças históricas. Durante todo o percurso da construção da história humana, levantamos modelos teóricos como se a história ontológica do planeta Terra estivesse isolada do restante do Cosmos. Como se existíssemos durante estes quatro bilhões de anos, fechados dentro de uma redoma.” (ANDRADA, 2011).

“Através de todo o seu passado, a humanidade acreditou na intervenção, na História, de causas exteriores [...] Foi no séc.XIX que o conceito de uma história sem qualquer intervenção exterior e cujas causas se linitem unicamente ao nosso planeta, conseguiu se impor. Mas, como muitas idéias do século XIX, ela é discutivel.” (BERGIER [1970], 1981).

O surgimento da agricultura (domesticação de animais e plantas) foi para o homem moderno  uma das grandes revoluções das idéias , e mudou para sempre a cultura, a sociedade e o uso da tecnologia  A domesticação de algumas espécies naturais mudou para sempre o que chamamos de sociedade, principalmente porque foi a partir da mudança na alimentação que se pode criar uma civilização permanentemente sedentária, a população podia crescer sem limites e se podia estabelecer relações econômicas em grande escala, de produção, armazenamento e troca dos excedentes. Assim, mudaram as relações de poder entre os homens, principalmente as baseadas na divisão do trabalho, no valor da produção material e no controle da população a partir do controle sobre os alimentos, mudaram assim também as relações de dependência do homem para seu ambiente para algo realmente novo, que antes disso utilizavam um sistema de subsistência baseado na caça e na coleta.
Toda a civilização que temos hoje dependeu desse acontecimento baseado na mudança alimentar. Só com a agricultura puderam existir cidades e governos como os conhecemos hoje, sem falar no desenvolvimento tecnológico que teve impactos diretos na vida pratica como na cosmologia social.  Nada disso teria acontecido sem a maior transformação, que foi sem dúvida as relações de poder entre os homens, a agricultura, apesar de ter libertado o homem dos recursos naturais limitados, transformou autonomia de mundo das pessoas, que antes, no sistema de subsistência baseado na caça e na coleta tinham mais autonomia em relação a sociedade, pois, apesar de não haver estoque de alimentos, se tinha a vantagem de cada pessoa poder se sustentar independente das outras se assim quisesse. 
É um acontecimento muito importante, será que sabemos como ele aconteceu? Sabemos que a agricultura de modo geral, se inicia por volta de 12.000 a 8.000 anos atrás em locais muito diferentes como o Oriente próximo e a Meso América. A explicação que da ciência tradicional sempre aponta para uma “necessidade” dessa “invenção” dada por vários motivos nunca são completamente detalhados ou convincentes. A lógica da explicação sobre o surgimento da agricultura é sempre passado numa lógica evolucionista, mas sabemos que a evolução  sempre conta grandes metáforas mas fornece poucos detalhes para prová-los. Por isso mesmo, arqueologia mundial até agora, se preocupou em nos apontar os locais , dizer as datas e explicar as causas e as conseqüências do acontecimento de tal revolução tecnológica e social, porém, o que não se explica até agora, é uma pergunta básica e incomoda: COMO foi que isso aconteceu na pratica? Temos assim muitos mistérios relacionados a esse acontecimento:
1-Como a agricultura surgiu de maneira global, praticamente ao mesmo tempo em vários locais do mundo separados em continentes diferentes?
3-Como aconteceram as mutações que resultaram nas espécies domesticadas, e como o homem sabia dessas diferenças e compreendia como utilizá-las?
2- Como foi capaz o homem de adquirir o conhecimento para realizar os cruzamentos reprodutivos necessários que perpetuariam as variáveis mutantes e que dariam origem as espécies domesticadas?
3-Como foram desenvolvidas as tecnologias necessárias para uma atividade completamente diferente daquela que era praticada ate então?
4-Como afinal, muitas espécies de plantas passaram a ser dependentes do cultivo humano para sua sobrevivência natural?
5-Assim, como e de onde vieram tais conhecimentos que são muito específicos?
Estes, são só algumas perguntas sem resposta clara. Lembremos que segundo a história contada nos livros didáticos editados pelos governos e seus “ministérios educacionais”, nós vivemos num modelo civilizacional estabelecido há aproximadamente cerca de 6.000 anos atrás (para padrões convencionais, porém já se admite a possibilidade de haverem existido civilizações antes deste período), em uma história de 200.000 anos do surgimento do homem moderno (também pelos padrões tradicionais, havendo muita controvérsia), portanto, sabemos pouco do passado e sequer arranhamos nossa história como espécie, o período que nos estabelecemos como civilização é mínimo se comparado a toda nossa trajetória desde a origem, mesmo se utilizarmos os padrões “aceitos” pelas instituições.
É um mistério também, pensarmos no que levou o homem a jogar fora seu modo de vida estabelecido por pelo menos 190.000 anos, para mudar “de repente”, em menos de dois mil anos para outro sistema totalmente diferente? O que o fez, repentinamente, mudar seus hábitos e se estabelecer em determinadas regiões, de cultivar determinadas plantas, de construir cidades, dividir a população em classes trabalhadoras, erguer gigantescos monumentos, cultuar as estrelas, erigir templos e fundar religiões institucionais. O homem “decide” desistir de uma ligação maior com os ciclos da natureza, onde se baseavam suas crenças, para viver em lugares artificiais, construídos, pensou diferente sobre o futuro, e tal feito só fui possível com o surgimento da agricultura.
Como dissemos, um dos fatores e mais incomuns, é que não se tratou de um caso isolado, a agricultura não ocorreu em apenas uma região, e foi rapidamente sendo criada e difundida através do planeta, podemos até afirmar que ela se deu de forma praticamente simultânea em pelo menos cinco locais distintos, sem qualquer ligação aparente de contato entre eles. Como isto seria possível?  Na realidade, isso não se explica, não existe consenso algum sobre esta peculiaridade.
Também existem outros fatores que desafiam qualquer tipo de lógica probabilística, ou bom senso, como por exemplo, as mutações genéticas que teriam ocorrido em determinados tipos de grãos e que viabilizaram seu cultivo pelo homem, Isto é, os grãos antes selvagens não teriam como ser cultivados sem que fossem geneticamente alterados, a explicação científica hoje é de que isso foi um acidente genético que coincidiu com o aproveitamento pelo homem.  Sabemos que hoje, nossa agricultura faz isso com facilidade, cruza grãos, adiciona ou retira o que achar conveniente de seu genoma, porém como é que homens que apenas caçavam ou colhiam o que a natureza proporcionava, tiveram a capacidade de entender e alterar uma semente geneticamente apenas por cruzamento aproveitando as mutações naturais? Mesmo que alguns sustentem a idéia de uma mutação ser possível, foram necessárias várias, todas coincidentes e sabe-se que todo o tipo de mutação encontrada, não deletéria, além de rara, é muito esporádica. Como poderia haver simultaneidade em locais tão distantes, e ao mesmo tempo? Como afinal tanta explicação baseada em conjunturas e coincidências pode ser a explicação científica?
Agora vamos também apontar pra outra peculiaridade: Se ensina que a agricultura trouxe grandes vantagens alimentares, não é mesmo? Sim e Não. Ela trouxe uma grande produção, só que de alimentos mais pobres e que não poderiam sustentar sozinhos as populações. Assim, a pergunta permanece: Porque de plantar grãos?  Sim, os grãos não possuem valores nutricionais superiores a frutas e outros vegetais, ou seja, eles  permitem com que se sustente uma população muito maior, porem com qualidade inferior. Isto segundo muitos estudos provocou vária enfermidades nutricionais nestas primeiras populações agrícolas. Mesmo assim, ele passa a cultivar e domesticar “plantar e modificar” trigo e alguns tipos de milho, como sua nova base alimentar, porque?
Também temos outro grande problema, o tecnológico: O homem possuía apenas algumas ferramentas de pedra que não serviam ao cultivo, todos direcionados a caça e a coleta, muito rapidamente ele passa a arar a terra, colher, cozer, moer os grãos para obter a farinha, e até mesmo obter óleo de certar sementes, como se desenvolveram tão rápido estas técnicas específicas? Isto é, porque sem elas não se poderia sequer ter-se iniciado o processo!  Ou seja, ele também teve de aprimorar suas ferramentas e utensílios muito rapidamente, a única forma de poder, por exemplo, moer o trigo para se obter a farinha, como ele saberia disso tudo? Lembremos que algo de grande importância deve ter acontecido, pois, temos culturas que ainda vivem hoje como caçadoras coletoras desde a pré-história, mantiveram-se tecnologicamente estáticas e não mudaram quase nada! De onde veio então, toda essa revolução no conhecimento?
Estamos agora em um novo nível de dificuldade, o homem já havia “reconhecido” e “se aproveitado” de “mutações raras”, modificado geneticamente os grãos a partir de cruzamentos, “inventado tecnologias” do arado e tratado a terra para cultivá-las, colher, moer, armazenar, e então ele teve de aprender a cozinhar estes alimentos novos, chega a ser assustador imaginar o como ele teria entendido que teria que realizar um processo enorme, passar por todas estas necessidades e etapas para fazer um simples pão, será que alguém não o ensinou a fazer o pão? Na explicação científica tudo parece ser uma grande coincidência de uma forma absolutamente anormal, quando tal evolução extremamente improvável deveria demorar muito mais tempo, ocasionar muito mais erros, e não vemos isso em lugar algum, tudo parece ter partido da “receita final”, ou seja, a história do homem, antes de descobrir a agricultura, nos dá a entender, que ele já possuía a receita do pão.
Então nos defrontamos com outra questão, os primeiros centros agrícolas estão em locais geográficos propícios a tal atividade, o que não coincide com os locais de origem das primeiras plantas cultivadas (suas variantes selvagens). Como é que eles saberiam que a agricultura só funcionaria se o clima fosse estável, como é que eles sabiam os locais em que as variações climáticas não acabariam com sua plantação? Estavam nos locais certos e na hora certa, cercados das plantas mutantes certas? De novo?
Nenhuma das questões acima mencionada possui uma explicação detalhada de COMO ACONTECEU? Credita-se tudo ao “acaso” e a mutações, algo totalmente fora do que a própria ciência entende como evolução, o acaso não faria com que tudo ocorresse de forma tão harmônica e em locais distintos, e praticamente de forma simultânea, qual a explicação então?
Veremos que pelo ponto de vista PaleoSETI, existe uma forma de se explicar os COMOS, já que o surgimento da agricultura esta diretamente ligado à estes muitos fatos, sem qualquer tipo de explicação lógica ou demonstrável pela ciência.
Os povos antigos que descendem dos povos que iniciaram a agricultura em todo o mundo possuem explicações dentro da história deles (que a nossa sociedade ocidental chamou de Mito), de como surgiu a agricultura. Não só a agricultura, mas em verdade a astronomia, a medicina, a matemática, a arquitetura etc... Em todas essas “crenças antigas”, a agricultura “coincidentemente” sempre possuiu um grande destaque, e em todas estas civilizações a agricultura como é dito, é passada sempre pelos deuses, esses que trouxeram até mesmo as sementes e plantas “divinas”, que ensinaram os homens como plantá-las, a colher, a moer, a cozer e até mesmo como se obter o óleo necessário, isto pode ser constatado muito facilmente em muitos dos “mitos de criação” sobre a agricultura de diversas culturas que habitam os centros de aparecimento da agricultura (Isis no Egito, Demeter na Grécia, crianças do Sol nos Andes, Oanes na Mesopotâmia). Tais deuses vieram em algum momento, ou viajavam, ou eram filhos de outros deuses que vieram das estrelas.
Portanto, se os próprios herdeiros culturais das primeiras civilizações agrícolas afirmam que foram os “deuses” os responsáveis por ensinarem o homem a plantar, então temos algo que deve ser considerado! Como para a ciência “deuses” (sobrenaturais) não existem conceitualmente, quem poderiam ser esses “deuses”? E quem, cientificamente, poderia ter vindo das estrelas há mais de 8.000 anos atrás e trazido essas variantes “especiais” de plantas e esses conhecimentos que transformariam a sociedade e tornariam a civilização possível?
Este alguém não deveria ter problemas de locomoção, pois esteve em todos os continentes, deveria conhecer muito bem como manipular e cruzar grãos geneticamente, conhecer os problemas relacionados ao clima e mostrar os locais mais adequados a se plantar, levando-se em conta a tecnologia que o homem possuía nesta época, deveria mostrar como adaptar a engenharia de como manufaturar e em seguida, de como cozer e preparar os grãos, dando definitivamente a sustentabilidade para que o homem deixasse definitivamente de ser nômade, e consegui-se se estabelecer e iniciar o processo de civilização.
Cientificamente, só poderiam ser estes “deuses”, seres extraterrestres vindos de outras civilizações. Porque Não? É uma possibilidade intrigante que pode  e deve ser investigada seriamente.
Por que? Pois essa hipótese pode explicar e responder a todos os problemas (mistérios) que comentamos aqui.
Chegamos então a passar a aceitar a possibilidade de que civilizações extraterrestres podem ter vindo e passado ao homem o conhecimento e os materiais para cultivar, forneceram todo o conhecimento necessário para que eles conseguissem obter seu próprio sustento em grande escala, sem ter mais de depender dos limites da caça e da vegetação nativa. Não seria nenhum absurdo dizer que esta teoria seja a mais viável, tendo em vista que seria a única explicação possível dentro de uma lógica natural, mesmo sendo esta uma influencia terrestre, possibilitando que o homem que já estaria a mais de 180.000 anos estacionado no mesmo patamar tecnológico, mudasse totalmente sua forma de vida.
Esta hipótese é baseada totalmente teoria PaleoSETI, que trata do assunto sempre por fundamentos científicos, mostrando de forma coerente que esta possibilidade além de possível seria a mais viável, sem ter que ficar creditando ao acaso fatos que não possuem nenhum tipo de explicação lógica.
Este texto é claro, é uma interpretação resumida, para apenas apresentar a idéia, não estamos mostrando aqui às evidencias históricas e científicas desta teoria, ou mostrando os detalhes. Aconselhamos o leitor a estudar mais a fundo.

Este ensaio foi feito a partir do artigo científico:
Jardins Alienígenas: A hipótese paleo-SETI como modelo global para
explicar os paradoxos da chamada Revolução Agrícola. 
escrito por Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, bacharelando em arqueologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, e foi apresentado no I Encontro de Historia do Sudeste do Piauí – U.E.S.P.I –  em 23 de setembro de 2011. 
Clique aqui caso deseje visualizar ou baixar o ensaio na integra
(gentilmente cedido e autorizado pelo autor)



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